Agora que aprendemos a gerar as melhores ideias.
Vide post que explica como geramos ideias.
Chegou a hora de selecionarmos essas melhores ideias. Para isso existem algumas ferramentas:
O funil da inovação ou pipeline serve geralmente para organizações de bens de consumo não duráveis, por exemplo, quando vamos ao mercado, temos muitas pastas de dente para escolher, diferentes sabores, marcas e componentes. Assim como marcas de refrigerante temos muitas opções. Para escolher tudo que queremos produzir, existe o funil da inovação.
A frente difusa do funil também chamada de fuzzy front end, que quer dizer frente embaçada ou difusa, ou idéias ainda não estão muito claras no início, serve como se fosse a boca do funil, da qual surgem ideias de diferentes fontes como sugestão de funcionários, consumidores, projetos anteriores, fornecedores, etc.
(2) A segunda etapa do funil seria a viabilidade, da qual se olha a técnica para produção e um estudo de mercado, ainda a viabilidade financeira e de produção. Nessa fase se elabora o protótipo. (3) Com a aprovação na etapa anterior, se faz produtos, propaganda, embalagem, normas e testes.
Na etapa 4 seria o lançamento, se avisa a equipe de vendas, são feitas preparações para o lançamento. Nas fases finais 5 e 6, seria acompanhamento, avaliação e roll out. Se verifica o desempenho das vendas, a resposta do consumidor, as metas, a qualidade do produto. E na última fase (6), os novos produtos são reaplicados em suas filiais.
Algumas empresas como Natura e Sadia utilizam o funil da inovação para sua gestão de lançamento de novos produtos.
Observe o funil da inovação da empresa Natura.
Outra ferramenta utilizada para seleção de ideias seria o chamado Stage-gate, seria bastante parecido com o funil da inovação. Com diferença em suas etapas. Observe que cada autor coloca etapas diferentes de acordo com seu estudo. Nesse caso da Figura do Stage-gate abaixo, se tem etapas de geração de ideais, escopo, modelo de negócios, desenvolvimento, teste e validação e lançamento.
Coloquei um vídeo que exemplifica o Stage-gate da empresa Embraer para do jato Legacy 500:
Observe no vídeo da Embraer acima, a inovação tecnológica no mercado mundial de aviação executiva, o Stage-gate foi desenvolvido em cinco fases: (1) estudos preliminares, (2) definição conjunta, (3) detalhamento e certificação, (4) produção em série e (5) phase-out
É importante ressaltar que se tem diferenças do lado do produtor e do lado do consumidor, nem sempre uma tecnologia de processo de produção pode ser perceptível ao consumidor final por exemplo, mas essa mudança pode ocasionar diminuição dos custos, por exemplo.
Com relação à percepção da operação (tecnologia), têm-se os seguintes tipos de projetos:
Radical (breakthrough): gera vantagem competitiva sustentável e oportunidade para patente
New Generation (next generation): alteração tecnológica significativa
Incremental: aperfeiçoamento da tecnologia atualmente existente
Base (brand support): tecnologia já amplamente conhecida e disponível na indústria.
Na visão do consumidor, o projeto pode ser:
New core product: produtos para novos hábitos do consumidor. Por exemplo: nova marca
New benefits: novos conceitos ou benefícios que atendem às necessidades do consumidor. Por exemplo: produtos de limpeza com biotecnologia
Improvement: melhoria discernível pelo consumidor em relação a produtos existentes. Por exemplo: novo sabor de maionese, nova embalagem
Variant: paridade com produtos competidores em relação ao apelo. Por exemplo: lançamento de um catchup com uma marca conhecida de maionese
No change: não há mudança perceptível pelo consumidor.
De forma geral, espero ter contribuído para seus conhecimentos em seleção das melhores ideias. A prática se aproxima muito da teoria nas grandes empresas, ás vezes o que ocorre seria uma falta de alimentação do sistema e acabam por surgir diversos funis em uma única empresa. Mas o modelo é pertinente e tem levado a progressos no gerenciamento de inovações.
Segue um resumo feito por mim em formato ppt sobre as ferramentas de seleção de ideias que acabamos de ver: funil inovação (1)