Vamos falar agora de alguns ambientes institucionais favoráveis para se gerar inovação
Discorrer sobre a chamada tríplice hélice, composta por governo, empresa e universidade e as diversas formas de ambientes como as: incubadoras, aceleradoras, arranjos produtivos locais, pólos e parques tecnológicos.
Nesse post focaremos mais um pouco nos parques tecnológicos, o mesmo porque contém os três componentes citados da tríplice hélice.
O uso do conhecimento: uma assimetria perversa
Indicador: número de patentes registradas no USPTO (United States Patent Office). O Brasil detém 0.2% das patentes. A participação brasileira é 10 vezes menor do que na participação da produção científica (2%).
Outra maneira de observar o descompasso entre produção e uso de conhecimento científico no Brasil surge quando analisamos a distribuição de pesquisadores em empresas e no meio acadêmico.
Para que as políticas públicas ocorram de forma bem-sucedida, e diminuam a discrepância entre geração e aplicação do conhecimento, é necessário que se estabeleça uma forte parceria entre o setor privado e a academia Conceito, chamado de “Tríplice Hélice”.
O exemplo do Centro universitário FEI
Em 2012, “FEI assina convênio com INCOR para desenvolvimento de pesquisas.
Representantes do Centro Universitário da FEI e do Incor (Instituto do Coração), celebraram um convênio de cooperação científica e tecnológica.”
“O convênio permitirá o intercâmbio de conhecimento técnico-científico entre professores e médicos do Inc0or, (através de workshops e pesquisas). Surgiu quando um aluno do mestrado da FEI resolveu estudar o sistema de prontuário eletrônico dos pacientes do hospital para sua pesquisa. Seria uma programação cirúrgica e que possibilite ocupar com otimização os leitos.
O exemplo da Universidade Unicamp
Samsung fecha parceria em pesquisa e desenvolvimento com pesquisadores do IC/Unicamp. O acordo contou com a Samsung, bem como dos docentes da Agência Inova Unicamp. Para o diretor Lotufo, gera benefícios mútuos. “Essa iniciativa da Inova Unicamp mostra que o conhecimento, além de se tornar uma fonte de pesquisa, pode ter aplicações práticas e gerar um impacto tecnológico benéfico à sociedade”.
Agregação de empreendimentos de base tecnológica
Pólo tecnológico no sentido de descrever uma região onde há uma concentração maior de atividades tecnológicas do que em outras
APLs – Arranjos Produtivos Locais, visam promover a competitividade e a sustentabilidade das micro e pequenas empresas. No entanto, inovação tecnológica não é sua ênfase principal – das 31 APLs de São Paulo, apenas 8% fazem inovação
Incubadoras de base tecnológica (Exemplo: Cietec) são organizações especificas que procuram abrigar e incentivar micro e pequenas empresas para viabilizar seu desenvolvimento inicial
Parques Tecnológicos – empreendimentos criados e geridos com o objetivo (i) promover pesquisa e inovação tecnológica. (ii) estimular a cooperação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas. (iii) dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento. (iv) implantadas na forma de projetos urbanos e imobiliários que delimitam áreas específicas para localização de empresas, instituições de pesquisa e serviços de apoio.
Parques Tecnológicos: Ambientes de Inovação
Histórico do programa Sistema Paulista de Parques Tecnológicos
O Ministério de Ciência e Tecnologia, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, lançou um edital em apoio aos Parques Tecnológicos, em 2002
Esse conjunto de atividades foi objetivado no suporte à implantação inicial de cinco Parques Tecnológicos: São Paulo, Campinas, São Carlos, São José dos Campos e Ribeirão Preto. Levou-se em consideração o número de doutores formados nessas cidades e o número de empresas de base tecnológica.
Transformar conhecimento em riqueza: Na tecnologia agrícola, pela EMBRAPA, na EMBRAER, o Brasil possui a terceira maior indústria de aeronáutica civil do mundo. A PETROBRÁS patrocinou uma política de desenvolvimento de tecnologia de extração de petróleo em águas profundas. conduzido por instituto próprio (CENPES). Estes três casos têm algo em comum: o patrocínio do Estado
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O País e o Estado de São Paulo, com destaque, conseguiram estabelecer uma política bem sucedida como geradores de conhecimento. A capacidade de gerar conhecimento está ligada à de formação de recursos humanos altamente qualificados. O mesmo não se pode dizer a respeito de sua capacidade de usar conhecimento. É importante que o Estado continue atuando neste processo como catalizador e indutor de demandas da sociedade.
Caso queira ler mais sobre o assunto segue o link do texto do instituto de pesquisas avançadas.
Segue também o resumo feito por mim em formato ppt: FEI _parque tec e triplice helice
- Bibliografia Principal
Steiner, J., Cassim, M., Robazzi, A. Parques Tecnológicos: Ambientes de Inovação. Texto para discussão IEA (arquivo em PDF)
- Bibliografia Complementar:
OECD-FINEP. Manual de Oslo. 3ª edição. Brasília: FINEP, 1997. Disponível em
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0026/26032.pdf. Acesso em novembro de 2010.
Rapini, M. et. al. A natureza do financiamento influencia na interação universidade-empresa no Brasil? Revista Brasileira de Inovação, Volume 13, Número 1, junho 2014
Tigre, P. Gestão da inovação: A economia da tecnologia no Brasil. Editora Campus, 2006.
Bibliografia das instituições para fomento do conhecimento e do investimento
http://portal.fei.edu.br/pt-BR/noticias/noticias/Paginas/FEIassinaconvêniocomINCORparadesenvolvimentodepesquisas.aspx